postado em 15/09/2011 08:20
A despeito do bombardeio de notícias negativas que assolou a Europa ontem, os mercados financeiros mantiveram sangue frio e deram um voto de confiança aos dirigentes da Alemanha, da França e da Grécia. As bolsas europeias fecharam em alta com a expectativa de que a teleconferência entre Angela Merkel, Nicolas Sarkozy e George Papandreou sinalizasse soluções para amenizar as incertezas em relação ao risco de calote da dívida grega, como a emissão de bônus comuns à Zona do Euro.
Nem mesmo o rebaixamento dos bancos franceses Société Générale e Crédit Agricole, pela agência de classificação de risco Moody;s, e a redução da nota de crédito de cinco das 17 regiões espanholas ; incluindo a Catalunha ; foram suficientes para abater os investidores. O índice que reúne os principais pregões do bloco europeu fechou o dia com avanço de 1,5% e, entre as bolsas locais, Frankfurt teve a alta mais expressiva, de 3,36%.
Outras praças acompanharam o ritmo. Em Milão, as negociações encerraram com incremento de 2,69%, impulsionadas pela aprovação do pacote de austeridade fiscal italiano, com previsão de cortes de 54 bilhões de euros. Já em Paris, a valorização dos papéis listados no CAC-40 foi de 1,87%. A exceção ficou por conta das ações do Société Générale, que recuaram mais de 7%, durante a tarde e ampliaram as perdas com a abertura do pregão norte-americano.
;O mercado talvez apresente algum alívio (com avanço nas cotações) de vez em quando, mas, estruturalmente, ainda temos muitos desafios;, alertou o estrategista-chefe da corretora Kames Capital, Bill Dinning.
Bom humor
Enquanto na Europa as esperanças determinaram os negócios dos investidores, nos Estados Unidos e no Brasil os operadores trabalharam durante todo o dia de olhos fixos nas informações provenientes da reunião (leia mais na página 24). O clima positivo tomou conta dos pregões e os índices ganharam fôlego, tanto em Nova York, quanto em São Paulo. O Dow Jones e o Ibovespa terminaram o dia com ganhos de 1,27% e 1,34%, respectivamente.
Ao acompanhar de perto o desempenho da Europa e dos EUA, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) recuperou o patamar de 56 mil pontos (56.286), perdido na sexta-feira passada e reverteu a trajetória de três recuos consecutivos