Economia

Grécia promete se ajustar e cumprir os compromissos assumidos junto à UE

postado em 15/09/2011 08:23
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Paris ;
Os governos da França e da Alemanha afirmaramna quarta-feira (14/9), em comunicado, estarem ;convencidos; de que o futuro da Grécia está na Zona do Euro, após o primeiro-ministro grego, George Papandreou, ter manifestado ;absoluta determinação; de cumprir com os compromissos de austeridade assumidos junto à União Europeia em troca dos planos de resgate financeiro do país.

O comunicado foi divulgado pela presidência francesa após uma teleconferência entre Papandreou, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, agendada para tentar aplacar os rumores sobre a possibilidade de uma moratória grega, que poderia excluir o país da união monetária. ;O presidente da República e a chanceler estão convencidos de que o futuro da Grécia está na Zona Euro;, afirma a nota.

Sarkozy e Merkel, no entanto, aumentaram a pressão sobre Papandreou e reiteraram que, se não cumprir rigorosamente o programa de cortes de despesas e de privatizações que visam reduzir o deficit e a dívida pública, o país não continuará recebendo os recursos do plano de resgate acertado no ano passado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O socorro, no valor de 110 bilhões de euros, evitou a quebra de Atenas, mas a liberação da sexta parcela, no valor de 8 bilhões de euros, foi suspensa na semana passada quando surgiram dúvidas sobre a capacidade da Grécia de reduzir o deficit fiscal para os níveis combinados. ;A aplicação dos compromissos do programa é indispensável para que a economia grega possa encontrar um crescimento sustentável e equilibrado;, frisa o comunicado.

Resgate

Em 21 de julho passado, os dirigentes europeus definiram um segundo plano de resgate à Grécia, de 159 bilhões de euros, e decidiram reforçar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), criado para ajudar países em dificuldades. A aplicação desse programa, no entanto, ainda depende da aprovação dos governos e dos parlamentos dos 17 países que integram a Zona do Euro.

Merkel e Sarkozy prometem trabalhar para acelerar essa aprovação. ;O presidente da República e a chanceler disseram que, mais do que nunca, é indispensável aplicar plenamente as decisões adotadas no dia 21 de julho pelos chefes de Estado e de governo da Zona Euro para assegurar a estabilidade da região;, afirma o comunicado da presidência francesa.

Europa em risco
Estrasburgo ; A crise da dívida deixa a Europa em perigo, afirmou ontem Jacek Rostowski, ministro da Economia da Polônia, país que ocupa a presidência semestral da União Europeia (UE), em um discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. ;Se a Zona do Euro rachar, a UE não será capaz de sobreviver, com todas as consequências que nós podemos imaginar;, disse. ;A crise pode ter efeitos enormes. Se prosseguir durante um ano ou dois, teremos que enfrentar uma taxa de desemprego que dobrará em alguns países, incluindo os mais ricos;, alertou. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, por sua vez, criticou a França e a Alemanha por tentarem solucionar os problemas em uma ação bilateral, sem consultar os parceiros. ;Estamos enfrentando a crise mais grave de nossa geração. É uma luta pelo futuro da Europa;, disse.

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