Economia

Mantega anuncia aumento de 30% no imposto do carro importado

postado em 15/09/2011 19:09

Quem planejava comprar um carro importado no Brasil nos próximos dias terá que desembolsar 30% a mais de dinheiro planejado. O aumento, anunciado pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira (15/9), faz parte de um conjunto de medidas para apoiar as indústrias automobilísticas nacionais. O pacote inclui aumento de 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras que não se enquadrarem.

Pimentel (E) afirmou que metade dos veículos importados serão afetados pela medidaAs montadoras de veículos que investirem em inovação e usarem uma proporção mínima de componentes nacionais deixarão de pagar o imposto mais alto. Entre os requisitos para que as montadoras fiquem isentas do aumento é ter pelo menos 65% de conteúdo nacional e regional na fabricação. As montadoras também terão de executar pelo menos seis de 11 etapas de produção no Brasil. Os veículos fora do Mercosul automaticamente passarão a pagar imposto maior.

O valor adicional vai ser aplicado nas alíquotas já existentes, que variam de acordo com a potência dos carros. No caso dos automóveis de até 1 mil cilindradas, o IPI passará de 7% para 37%. Para os veículos de 1 mil a 2 mil cilindradas excluídos dos benefícios, a alíquota, atualmente entre 11% e 13%, subirá para 41% a 43%.

Além de automóveis de passeio, o benefício englobará a fabricação de tratores, ônibus, caminhões e veículos comerciais leves. Por causa do regime automotivo comum entre o Brasil e a Argentina, as montadoras que atuam no país vizinho também serão beneficiadas.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que metade dos veículos importados serão afetados pela medida. O ministro Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, explicou que isso significa que o carro nacional pode ficar até 28% mais barato do que o importado com o aumento do imposto. "Queremos gerar empregos no Brasil, tecnologia no Brasil. Criando condições para que o carro produzido no Brasil seja competitivo em função dos reflexos que a crise internacional tem causado no mercado", disse.

A medida vale até dezembro de 2012 e as montadoras terão dois meses para se adaptar às novas regras ou provar que cumprem os requisitos para não sofrer o aumento no IPI.

* Com informações da Agência Brasil

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