postado em 19/09/2011 21:08
São Paulo ; A forte concorrência no mercado nacional de veículos deve inibir aumentos de preços, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. ;As montadoras não pretendem aumentar os preços porque não há espaço nessa guerra de mercado;, disse hoje (19) ao comentar o aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados.A medida anunciada na semana passada eleva em 30 pontos percentuais a tributação para automóveis que têm menos de 65% de componentes nacionais ou sejam fabricados por empresas que não investem pelo menos 0,5% da receita em inovação. A mudança atinge principalmente os carros importados da China e Coreia do Sul, com crescente crescimento de vendas no país por serem mais baratos que os equivalentes nacionais.
[SAIBAMAIS]Os preços baixos desses importados são, segundo Belini, fruto dos incentivos concedidos pelos governos dos países exportadores. Para Belini, a medida adotada pelo governo se justifica, diante desses incentivos. ;A medida é dura, mas em nível de Brasil, é necessária do ponto de vista de manter a indústria sólida;, disse.
Ao defender a medida, ele citou dados que demonstram a importância do setor automobilístico no país, responsável por 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e 22,5% do PIB industrial. Setor que fortalecido, poderá, de acordo com ele, ampliar a oferta de empregos qualificados. ;Estamos falando de um projeto que atrai investimentos para criar empregos no país;, destacou.
Apesar de ressaltar que as montadoras nacionais, que trazem peças e carros de fora, também serão afetadas, Belini não acredita que isso encareça o produto nacional. Segundo ele, adaptações para fabricar nacionalmente componentes importados não devem representar elevação de gastos. ;A medida que vai ter maior produção local e escala de produção, não deve haver aumento de custos;.