Jornal Correio Braziliense

Economia

FMI revisa em forte baixa as perspectivas de crescimento dos EUA

Washington - O Fundo Monetário Internacional anunciou nesta terça-feira (20/9) que reduziu consideravelmente sua previsão de crescimento para os Estados Unidos, e exortou as autoridades desse país a tomarem as medidas necessárias para reduzir a dívida pública e apoiar a recuperação.

O crescimento da maior economia do mundo chegará apenas a 1,5% em 2011 e a 1,8% em 2012, indica o FMI em suas últimas Previsões Econômicas Mundiais (WEO, siglas em inglês), divulgadas antes das assembleias da primavera (hemisfério norte), realizadas esta semana.

De todos os países do Grupo dos Sete (G7, nações industrializadas), os Estados Unidos foram o que sofreu a revisão para baixo de seu crescimento mais expressiva. Segundo a organização internacional, o crescimento dos Estados Unidos será inferior ao da média dos países desenvolvidos.

As taxas projetadas são muito inferiores à última previsão do governo americano, que anunciou este mês um crescimento de 2,1% em 2011 e de 3,3% em 2012.

[SAIBAMAIS]Em outras palavras, se as previsões do FMI se concretizarem, o crescimento será notoriamente insuficiente para reduzir a elevada taxa de desemprego, que persiste há dois anos, e que oficialmente situou-se em 9,1% em agosto.

De acordo com o FMI, Washington deve estabelecer como "prioridade absoluta" um programa orçamentário que permita ao país colocar a dívida pública em um nível viável a médio prazo e apoiar a recuperação a curto prazo.

Levando-se em consideração que o risco consiste em uma deterioração da conjuntura, Estados Unidos e Europa "podem voltar a cair em recessão" se os poderes públicos não tomarem as decisões necessárias, considera o Fundo.

Para a organização internacional, o Fed (Banco Central dos Estados Unidos) "deveria estar disposto a aumentar o apoio monetário já feito por vias não convencionais" para que o pior seja evitado.