postado em 22/09/2011 09:04
Atenas ; Depois de muito relutar em atender às exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE), a Grécia se resignou e vai adotar medidas adicionais de austeridade neste ano e em 2012, para tentar evitar um calote. Em comunicado divulgado depois de uma reunião do conselho de ministros, o governo avisou que fará novos cortes nas aposentadoria superiores a 1.200 euros mensais, cortará horas e salários de 30 mil servidores públicos até dezembro próximo e reduzirá para 5 mil euros anuais o limite mínimo dos salários sobre os quais incidirão impostos.;Faremos tudo o que for necessário para não colocar em risco o país, nem a sua posição na Zona do Euro. A Grécia é e sempre será membro da Zona do Euro;, disse o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos.
Ele ressaltou que o país não está negociando com os credores apenas os orçamentos deste ano e de 2012, mas também os de 2013 e 2014. ;O nosso compromisso é com o ajuste das contas. E vamos fazê-lo por mais penosa que sejam as medidas, pois esse é o único caminho para manter a Grécia de pé;, afirmou.
Os novos cortes ocorrerão em meio à um clima social muito tenso na Grécia. As centrais sindicais convocaram uma greve geral para 19 de outubro, que será precedida por outra de funcionários públicos no dia 5, em protesto contra as medidas de austeridade e ao desemprego, que passa de 16%.
Resgate
Há dois anos, o país está submetido a um duro ajuste, em troca de um resgate internacional. Sem o novo arrocho, a Grécia não receberá, em outubro, os 8 bilhões restantes do pacote de ajuda de 110 bilhões fechado no ano passado. Se esse complemento não vier, a Grécia será obrigada a decretar um calote.