Cerca de 500 mil bancários em todo Brasil, 20 mil deles no Distrito Federal, podem entrar em greve a partir da semana que vem. Nesta quinta-feira (22/09) trabalhadores da categoria vão se reunir em assembleias por todo o país para definir os rumos das negociações, que já começaram. Na terça-feira, a proposta de reajuste de 7,8% feita pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) foi considerada insuficiente pelos representantes dos bancários.
No Distrito Federal, a assembleia está marcada para às 18h30, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul. Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários do DF, a tendência é que o indicativo de greve seja aprovado. Segundo o sindicato, o Comando Nacional dos Bancários orientou os trabalhadores a rejeitarem a proposta de 7,8%.
Nesta sexta-feira (23/9) o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban terão uma nova rodada de negociações. Caso as propostas não atendam as exigências dos bancários há possibilidade de greve na próxima semana. Para o diretor de relações do trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico, ainda não há motivos para a greve. ;Pelo menos neste momento avaliamos que não há razão para a greve. Eles estão apenas cumprindo um ritual caso aprovem um indicativo;, explica.
Na negociação de terça-feira a Fenaban ofereceu um aumento de 7,8%. Porém os bancários argumentam que esta proposta dá um aumento real de apenas 0,42%, pois o resto apenas cobriria a inflação. ;Não há como comparar o aumento em relação ao ano passado. Os bancos também têm gastos com a inflação;, afirma Magnus. O aumento pedido pelo Comando nacional é de 12,8%, além de um aumento no piso salarial da categoria.