postado em 24/09/2011 09:30
O Ministério do Planejamento prometeu a líderes dos professores e servidores federais da área de educação básica, profissional e tecnológica retomar as negociações sobre aumento de salários se a greve da categoria, que já dura mais de 50 dias, for encerrada. Neste sábado, os grevistas, que reivindicam 14,76% de reajuste, realizam uma plenária para avaliar se podem suspender o movimento, sob a condição de que o ministério formalize o compromisso de diálogo. A promessa de restabelecer as conversas foi feita na quinta-feira por dois negociadores do ministério: a diretora de Relações do Trabalho da Secretaria de Recursos Humanos, Marcela Tapajós, e o secretário executivo, Valter Correa da Silva.
O procurador da República Peterson de Paula Pereira defendeu a reabertura das negociações ou a adoção de medidas judiciais para saber se é legal a greve, que deixou sem aulas 170 mil estudantes de 233 escolas em todo o Brasil. Um abaixo-assinado de alunos do Instituto Tecnológico de Planaltina foi encaminhado ao Ministério Público da União no Distrito Federal reclamando que a paralisação vai atrasar a formatura do grupo neste semestre.
;Os prejudicados são os estudantes. A greve dura todo este tempo e o governo não faz nada. Se não retomarem as aulas e as negociações, vamos recomendar medidas judiciais para assegurar o princípio dos serviços contínuos;, afirmou o procurador.
Marcela Tapajós disse que o diálogo será reaberto para construir uma proposta financeira e de reorganização das carreiras. Mas o governo só poderá cumprir acordos financeiros a partir de março do ano que vem, quando será preparada a previsão dos gastos com o funcionalismo.
Sem avanço nos Correios
O impasse entre os servidores e a direção dos Correios ainda não foi superado e a entrega irregular de correspondências deve continuar na próxima semana. Na segunda-feira, os grevistas realizam nova assembleia com indicativo para manter a paralisação, que completou 10 dias ontem.