Vera Batista
postado em 28/09/2011 07:17
O governo brasileiro informou ontem que carros trazidos do Uruguai não sofrerão o aumento do IPI, decretado no último dia 15, apesar de não serem produzidos com 65% de conteúdo regional. A decisão, anunciada ontem em nota conjunta dos Ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores, vai beneficiar três empresas instaladas no país vizinho, que não possuem fábricas no Brasil: as chinesas Lifan e Chery e a coreana Kia Motors.O aumento do IPI para importados provocou protestos do governo do Uruguai que, apesar de ser membro do Mercosul, não foi contemplado pelas exceções atribuídas à Argentina e ao México. Para dar o mesmo tratamento aos uruguaios, o governo vai utilizar um acordo de complementação econômica firmado com o país vizinho, que já prevê isenção do Imposto de Importação para uma cota anual de 20 mil veículos.
O secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, admitiu que, ao elaborar o decreto, o governo não levou em consideração ;algumas peculiaridades; da relação com o Uruguai.
Pela manhã, a secretária de Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Heloísa Meneses, já havia prometido ;estudar com carinho o pedido do governo uruguaio;, sob a alegação de que a alta do IPI não ;foi feita para impactar a relação entre Brasil e Uruguai;.