Economia

Picanto, o carro popular da Kia, está com ar mais maduro e bonito

postado em 29/09/2011 08:44

Campinas (São Paulo) ; Foi marcante e profunda a transição das fases da vida do Picanto. Tanto que o simpático carro compacto da sul-coreana Kia em quase nada lembra o modelo lançado em 2004 (e já reestilizado duas vezes). O design, por exemplo, deixa-o com ar mais maduro e bonito do que a geração anterior, quase infantil. Agora, as linhas são bem ajustadas e dinâmicas, deixando para trás um formato pouco atraente. Na dianteira, o Picanto ganha do irmão Sportage a grade conhecida por ;rugido de tigre;. Os faróis, antes redondos, seguem as linhas laterais do carro. Na traseira, as lanternas circundam o porta-malas, que ganhou traços e acabamentos mais fortes e um toque de design característico do Soul.

Por dentro, os itens de conforto e conveniência incluem (para todas as versões) ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, chave do tipo keyless para travamento e abertura das portas a distância, sistema de som com quatro alto-falantes e vidros elétricos em todas as portas. Os bancos têm tecidos melhores e o acabamento interno também está com materiais de boa qualidade.

Se toda mãe se preocupa com a segurança dos filhos adolescentes, a Kia não poderia deixar por menos. O jovem membro da família traz carroceria com maior porcentagem de aço de alta resistência e reforço nas colunas. Todas as versões também contam com airbag duplo frontal e os modelos top de linha têm esses equipamentos nas laterais e do tipo cortina, além dos freios ABS.

O custo de um adolescente é alto e envolve moradia, escola e dinheiro para diversão. No entanto, no caso do Picanto, a Kia colocou preços para brigar com a concorrência. A versão de entrada, a J.318, com câmbio manual de cinco marchas, sai por R$ 34.900. O modelo J.320, que tem transmissão automática de quatro velocidades, custa R$ 39.900. Já os J.368 e J.370 (automáticos) saem por R$ 39.900 e R$ 44.900, respectivamente.

Durante o rápido teste feito em uma pista fechada, o Kia Picanto comprovou que é um carro tipicamente urbano. As qualidades ficam por conta do conforto interno. Ele até acomoda bem motorista e carona com mais de 1,8m ; entretanto, atrás, o espaço é limitado. Os controles ficam próximos às mãos e o design dos painéis também é moderno. As marchas são um pouco mais curtas em relação aos carros do mesmo tipo, o que garante mais agilidade. Além disso, por conta de medidas para conter ruídos e vibrações, como o painel de tripla camada de isolamento acústico, o Picanto mostrou-se bem silencioso.

Com o ar-condicionado ligado, o modelo testado enfrentou os pequenos aclives como se fossem obstáculos dificílimos. Nessas horas, a redução da marcha e o giro alto fazem o motor gritar. As retomadas também são bem lentas com o câmbio automático. Na versão manual, os aclives foram contornados com mais propriedade, mas nem por isso o propulsor deixou de fazer barulho. Apesar de ser relativamente alto (quase 1,5m), durante as curvas acentuadas o Picanto saiu-se muito bem e passou segurança.

E quem disse que ele não é ágil? Durante uma volta rápida com um piloto profissional ao volante, foi fácil chegar nas retas a velocidades acima de 130km/h. Nas curvas, os pneus do carrinho de corrida ;queimavam; no asfalto ; os modelos passavam a impressão de que iam capotar. O Picanto provou que pode ter os mesmos impulsos dos adolescentes.

O jornalista viajou a convite da Kia




Vendas em alta
A primeira geração do Picanto atingiu, em sete anos de mercado, mais
de 1,1 milhão de vendas no mundo. A previsão para 2012 é de que sejam comercializadas 18 mil unidades no Brasil ; 40% automáticos e 60% mecânicos. Até o fim do ano, a meta é chegar a 6 mil Picantos e vender, no total, 47 mil veículos.



Lista de concorrentes
O Kia Picanto chega para enfrentar os compactos líderes de venda no Brasil e os principais concorrentes, como VW Gol, Fiat Palio e GM Celta, além de Peugeot 207 e Citr;en C3. Os itens de conveniência, a motorização e o design são as principais armas para atrair o público-alvo da empresa: jovens entre 20 e 30 anos, que esperam economia e esportividade de um carro. O uso de cores alegres e fortes, deixando de lado o preto, o branco e o prata, também está entre os pontos para atrair os consumidores.

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