Economia

Dilma reconhece que Brasil enfrenta deficiências na infraestrutura básica

postado em 01/10/2011 10:05
São Paulo ; Pela primeira vez desde que assumiu o mandato, a presidente Dilma Rousseff reconheceu ontem que o Brasil enfrenta deficiências na infraestrutura básica porque, segundo ela, foi feito muito pouco ou quase nada no Brasil nos últimos 20 anos. Em sua previsão mais otimista, o problema só será resolvido em uma década. Dilma ressaltou que o Brasil conseguiu superar enormes problemas em grandes empreendimentos, sobretudo nos setores de petróleo e energia. Por outro lado, ela citou a área de aeroportos como um grande entrave que tem de ser resolvido em seu governo.

;Nós vamos construir aeroportos não para a Copa do Mundo ou para Olimpíada, mas para nós mesmos, para o nosso dia a dia;, afirmou, diante de uma plateia de empresários. Aos olhos da presidente, sua equipe está pensando na infraestrutura aeroportuária a longo prazo. Pelo menos três concessões serão realizadas até 2041, enquanto outras vão expirar em 2031.

Uma das empresas mais interessadas nessas concessões, o Grupo Camargo Corrêa, estava com seus representantes de ouvidos atentos quando Dilma falou da concessão de terminais aéreos. ;Seguimos acompanhando as oportunidades para atuar como administradora de aeroportos no Brasil;, disse Vitor Hallack, presidente do Conselho de Administração da empreiteira.

De acordo com o empresário, há interesse também na possibilidade de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, com investimento 100% privado, numa associação com Andrade Gutierrez. Um estudo técnico do governo sugere que a concessão do aeroporto de Guarulhos será de 20 anos. Já o Aeroporto Internacional de Brasília e o de terminal Viracopos terão concessões de 25 e 30 anos, respectivamente. As empresas candidatas à concessão poderão concorrer nos três processos de leilão. No entanto, cada empresa só poderá administrar um aeroporto.

Já no próximo ano deverão ser elaborados os editais para concessão dos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro. Hallack disse que a grande necessidade brasileira de investimentos em grandes obras contribui para o ;indesejável; custo Brasil. ;É por isso o governo precisa ter um planejamento de longo prazo para desenvolver a nossa infraestrutura e aumentar o nível de poupança doméstica;, disse. A referência de Dilma à privatização dos terminais ocorreu no mesmo dia em que o governo anunciou a concessão de três primeiros terminais à iniciativa privada. (UC)

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação