postado em 01/10/2011 12:44
Brasília ; O ingresso de um novo servidor no funcionalismo público federal está mais relacionado com questões orçamentárias do que com a substituição dos servidores que se aposentam, disse à Agencia Brasil a secretária de Gestão do Ministério do Planejamento, Ana Lúcia Amorim, ao comentar levantamento do ministério sobre aposentadorias no Setor Público federal. ;Não existe relação tão direta entre aposentadoria e convocação de concursados.;Segundo Ana Lúcia, a situação do funcionalismo, atualmente, é de ajuste. ;Temos que olhar todo o cenário e ver como está a situação do órgão agora: se ele continua sendo foco das prioridades de governo, se está no auge dos programas priorizados pela gestão atual e se aquele órgão tem condição de absorver necessidades com o quadro que já tem;, disse.
O corte orçamentário de R$ 50 bilhões feito no início do ano atingiu diretamente a convocação de concursados. Prova disso é que, das 25 mil vagas previstas no Poder Executivo federal para este ano, apenas 8.759 foram autorizadas. Os 1.367 candidatos que prestaram concurso público e foram aprovados dentro dos limites de vagas serão nomeados dentro do prazo de validade da seleção, que vai até 2014. Este ano, no entanto, não haverá mais convocações. ;Já chamamos quem seria chamado para atuar este ano, agora estamos trabalhando para a convocação de 2012;, informou Ana Lúcia.
Para o ano que vem, está prevista a criação de 30 mil vagas para ministérios, autarquias e fundações, segundo o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) enviado ao Congresso Nacional. As vagas para empresas públicas e de economia mista não estão incluídas no Orçamento. No entanto, mesmo com a previsão de novas vagas, a única certeza de convocação é a de 518 candidatos cujo prazo de validade do concurso expira no ano que vem. ;O processo de avaliação e análise, caso a caso, continua;, explicou a secretária.
No próximo ano, a prioridade do governo será a abertura de vagas nas áreas de educação, saúde e Previdência, informou Ana Lúcia. Os novos postos visam a reforçar o atendimento nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), reduzir a carência de profissionais nos hospitais e ampliar a atuação das universidades que passam por processo de expansão.