Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 02/10/2011 08:00
Investir quando a taxa de juros muda de rumo requer cuidados. Depois de meses seguidos de alta, o Comitê de Política Monetária (Copom) virou a trajetória da taxa Selic, que agora deve seguir em baixa pelo menos até o fim do ano. A queda ainda não chegou ao consumidor, mas o esperado é que os bancos comecem a captar pagando menos pelo dinheiro de seus clientes.[SAIBAMAIS]Mesmo diante da perspectiva de ganhar um pouco mais, cuidado com as aplicações de risco, como ações, por exemplo. Este é um mercado para quem tem não só algum conhecimento como algum dinheiro. É preciso acompanhar o sobe e desce das cotações para saber o melhor momento de comprar ou vender. O dólar teve uma supervalorização em setembro ; cerca de 18% ; e parece tentador investir na moeda estrangeira. Mas também é uma aplicação de risco e, a longo prazo, pode não ser uma boa opção, principalmente agora que o preço está elevado.
Felipe Vaz, gerente de investimentos do Banco Santander, explica que a melhor alternativa tem muito a ver com o perfil do cliente e também com o prazo em que ele pode deixar o dinheiro aplicado. ;Se o investidor tiver perfil conservador e precisar utilizar os recursos antes de um ano, o ideal é manter o dinheiro em alternativas tradicionais, como os Certificados de Depósito Bancário (CDB), fundos DI ou mesmo a poupança.
Para quem pode deixar os recursos investidos por prazos maiores, uma boa opção, segundo ele, é CDB escalonado ou progressivo. Nesse tipo de aplicação, quanto maior o prazo, maior é o rendimento em relação ao CDI (que reflete o custo dos financiamentos entre bancos). Para esse investidor, os fundos de renda fixa também são uma boa escolha, pois se beneficiam da queda de juros.