postado em 03/10/2011 08:27
Exatamente por ser um mercado muito arriscado, é que a bolsa de valores oferece a possibilidade de ganho expressivo. E é nesses momentos em que os papéis estão em baixa que aparecem as boas oportunidades de lucros mais altos. Esperar por queda maior pode significar a perda de um ponto bom de entrada e aumentar o risco quando resolver comprar papéis depois de alguma recuperação. Especialistas em análise gráfica consideram que o fundo do Ibovespa, aos 48.668 pontos, está numa linha de sustentação muito forte.[SAIBAMAIS]Além disso, para 2012, as perspectivas são melhores, segundo os analistas. As eleições presidenciais norte-americanas podem impulsionar a economia local, pois o presidente Barack Obama deve fazer algo para conquistar o eleitorado. ;Se a economia dos Estados Unidos der sinais melhores de recuperação, acaba levando o resto do mundo;, alerta Vieira, da Souza Barros.
Como ações são investimento de prazos mais longos, aplicar um pouco após garimpar alguns papéis que estão depreciados é uma boa estratégia. Se a bolsa cair mais, o investidor aproveitará para comprar mais um tanto a preços mais baixos. Mas sempre de olho no limite de 20% ou 25% das economias pessoais. E assim terá uma carteira com preço médio razoável que lhe dará um bom retorno quando houver a recuperação. Mas isso é para ser planejado por um prazo de pelo menos 15 meses, ou seja, para o final de 2012, recomendam os analistas.
Preço justo
Um dos setores que registraram queda forte nas últimas semanas na Bolsa de Valores de São Paulo é o de bancos. Eles estão sofrendo os efeitos da desconfiança que paira sobre o sistema financeiro da Europa, mesmo sendo muito mais sólidos no Brasil. São ações que estão cotadas abaixo do preço justo e, por isso, são boas oportunidades de ganhos no futuro, afirma Wilson Barcellos, da Unifinance. Ele destaca também os papéis de empresas voltadas para o consumo interno.
Frederico Sampaio, da Franklin Templeton, concorda que é uma oportunidade para quem quer investir pensando na realização de um projeto daqui a alguns anos ou na aposentadoria. Ele também sugere nesse momento uma carteira defensiva, voltada para papéis que se beneficiam do aquecimento do mercado doméstico, como de empresas de consumo, cuja expectativa de receita é mais previsível, sem sofrer efeitos colaterais de mudanças na taxa de juros ou no câmbio, por exemplo. Ele cita ainda as ações de empresa do setor de saúde, em frança expansão, com a melhora da renda da população. Clodoir Vieira, da Souza Barros, sugere uma carteira com ações de um banco, de uma exportadora (beneficiada pela alta do dólar), de empresa do comércio varejista e do setor de energia.