Economia

Índia lança tablet a US$ 60, estudantes universitários pagam a metade

postado em 06/10/2011 08:12

A Índia promete acirrar a disputa no mercado de dispositivos móveis pessoais. Ontem, o governo apresentou o tablet mais barato do mundo, fabricado no país ao custo de US$ 50 por uma empresa britânica. O aparelho, batizado de Aakash ; que significa céu em hindu ;, será inicialmente fornecido gratuitamente a um grupo de 100 mil estudantes, em um projeto-piloto. Posteriormente, será vendido à população carente e aos universitários indianos por um preço subsidiado pelo poder público de US$ 35. A versão destinada ao varejo será comercializada por US$ 60, menos de um terço do Kindle Fire, da Amazon, anunciado na semana passada como a opção de menor preço do mercado, por US$ 199.

A intenção das autoridades indianas é popularizar o uso dos dispositivos tecnológicos. ;Os ricos têm acesso ao mundo digital, os pobres têm sido excluídos. O Aakash acabará com essa divisão digital;, afirmou o ministro das Telecomunicações e da Educação, Kapil Sibal. A DataWind, companhia que desenvolveu o tablet, afirmou que o custo será ainda menor quando iniciar a produção em massa do aparelho.

Custo-benefício
O Aakash é equipado com Android (sistema operacional do Google), tem suporte para videoconferência, duas portas USB e uma bateria que dura até três horas. Alguns usuários consideraram o aparelho lento para realizar as tarefas, sugerindo que ele precisa ser melhorado. O processador de 660Mhz da companhia americana Conexant Systems é apontado como ;decente;, se relacionado ao preço de venda. A tela sensível ao toque também foi avaliada como pouco ágil.

Embora seja líder mundial no desenvolvimento de softwares e serviços de Tecnologia da Informação, a Índia ainda acompanha outras nações emergentes, incluindo o Brasil, nos esforços para aumentar o número de pessoas conectadas à internet com computadores e telefones celulares, segundo avaliação da empresa de análise de riscos Maplecroft.

Como a maior parte dos 1,2 bilhão de indianos estão situados nas classes mais pobres, os produtos desenvolvidos pelos líderes de mercado, como o iPhone e o iPad, da norte-americana Apple, e a linha Galaxy, da sul-coreana Samsung, estão fora do alcance até mesmo da classe média do país, que cresce em ritmo acelerado.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação