postado em 20/10/2011 07:40
Os funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) realizam às 9h desta quinta-feira (20/10) uma assembleia para definir as ações que serão tomadas durante as 48 horas em que vão permanecer paralisados. O protesto começou simultaneamente nos aeroportos de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, e em Brasília, segundo o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina). Os trabalhadores são contra os planos do Planalto de privatizar três dos maiores aeroportos brasileiros.Por volta das 7h20 foi posicionado um carro de som na área de desembarque do aeroporto JK. Segundo o presidente do Sindicato dos Aeroportos Internacionais, Samuel Santos, quando a assembleia for iniciada, todos os serviços serão paralisados. Para ele, o que está em jogo com a privatização é a qualidade e a segurança dos jogos durante a Copa de 2014. "Não é justo uma empresa pública, que existe há mais de 38 anos, construída com o dinheiro do povo, ser privatizada apenas para a realização de um evento".
[SAIBAMAIS]Em nota, divulgada nesta quarta-feira (19/10), a Secretaria-Geral da Presidência da República disse que o governo se manterá aberto ao diálogo com os aeroportuários e reafirmou seu compromisso de que eles não terão nenhum impacto negativo em consequência do processo de concessão. Asseguraram também as condições de trabalho e de organização dos trabalhadores. De acordo com o texto, desde julho, por determinação da presidente Dilma Rousseff, foi constituída pelo Governo Federal uma Mesa de Diálogo com os representantes dos trabalhadores da categoria, visando debater o modelo de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.
A reunião de ontem teve a participação do secretário de Aviação Civil, Cleverson Aroeira da Silva; do presidente da Infraero, Gustavo Vale; e do assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo. Representando os aeroportuários participaram o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Francisco Lemos; o secretário-geral da CUT, Quintino Severo; e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), Paulo Estausia.