Agência France-Presse
postado em 20/10/2011 17:00
Atenas - O Parlamento grego adotou nesta quinta-feira (20/10), graças aos votos da maioria socialista, os artigos da nova lei de austeridade, rejeitados pela oposição e nas ruas pelos sindicatos.O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, felicitou a votação em uma carta, lida pelo presidente do Parlamento, e anunciou a exclusão do partido da única deputada socialista, e ex-ministra do Trabalho, Luka Katseli, que votou todos os artigos, menos o 37, que congelava as convenções coletivas por setor.
A pedido da oposição, uma votação nominativa havia sido organizada em torno dos artigos de lei mais controvertidos - além do artigo 37, daqueles que preveem novos cortes salariais e a declaração da demissão técnica de 30.000 funcionários do setor público.
Todos os deputados presentes da oposição, 144 de um total de 146, votaram contra, neste segundo dia de uma greve geral organizada contra essas medidas pelos sindicatos e de massivas manifestações contra a austeridade, durante as quais houve incidentes.
[SAIBAMAIS]Os demais artigos foram adotados por um procedimento simplificado após a votação nominativa, quando a lei havia sido adotada já "em seus princípios" na quarta-feira à noite.
Uma nova votação formal do texto foi adiada para a próxima sessão. O ministério das Finanças havia indicado pouco antes que isso só se tratava de uma formalidade.
A adoção desta lei, exigida pelos credores do país - a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional - é um assunto de "responsabilidade nacional", com o objetivo de fazer com que o país "escape da bancarrota" mediante um novo lote de empréstimos internacionais, disse Papandreou.