Economia

Brasil está disposto a ajudar Europa via FMI e não descarta apoio ao FEEF

Agência France-Presse
postado em 28/10/2011 18:34
O Brasil reiterou nesta sexta-feira (28/100 que está disposto a fazer um aporte econômico através do FMI para ajudar a Europa a enfrentar sua crise da dívida, mas não descarta um apoio mediante o fundo de resgate europeu (FEEF), informou um alto funcionário brasileiro. O próximo encontro do G20, que reunirá na próxima semana em Cannes (França) as maiores economias industrializadas e emergentes do planeta, os países avaliarão o plano acordado na quinta-feira em Bruxelas pelos países da Eurozona.

"Caso haja um consenso de que o paquete europeu é adequado, estaríamos dispostos a cooperar via FMI", disse a fonte reiterando assim a postura brasileira. Essa ajuda do Brasil seria feita através de reservas internacionais. Se o Brasil realizar esse aporte, o governo brasileiro pedirá que ele se traduza em um compromisso de ampliação de suas cotas no FMI. Segundo a fonte, o Brasil prioriza qualquer aporte através desta instituição e não descarta que possa haver um acordo através de fundos especiais, um mecanismo destinado a nutrir o FEEF anunciado na quinta-feira em Bruxelas.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participarão da reunião do fórum na próxima semana. Além do apoio via fundos, o Brasil também cogita ampliação de parcerias comerciais com a Europa. Na quinta-feira, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou que o Brasil pode ser extremamente importante para ajudar a Portugal no atual período de ajuste, disse ele após se reunir em Brasília com a presidente Dilma Rousseff. "Portugal iniciou um processo de reforma econômica muito importante", será um período "extremamente difícil para Portugal", no qual "o Brasil pode ser um parceiro extremamente importante para ajudar Portugal a crescer nos próximos anos", disse.

"Da mesma forma que poderemos abrir portas importantes ao Brasil na Europa, temos a segurança de que poderemos contar com o Brasil, com as empresas brasileiras, o governo brasileiro, nesse período muito importante de recuperação da economia portuguesa", afirmou em coletiva de imprensa.

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