postado em 01/11/2011 13:24
A paralisação das operações no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, devido à greve dos conferentes de carga, que completa cinco dias hoje (1;), já acarreta um prejuízo estimado em R$ 5 milhões à cadeia logística portuária do município, informou à Agência Brasil, o superintendente do terminal, Antonio Ayres dos Santos Júnior.;Desde sexta-feira, sete navios deixaram de atracar, deixando de operar uma média de 3,5 mil contêineres. Isso é prejuízo para o despachante, o transportador, enfim, é um dinheiro que deixa de circular na economia local já que esses navios foram para outros portos.;
O complexo de Itajaí é o maior porto da Região Sul em termos de movimentação de contêineres e o segundo do Brasil. Os 54 conferentes de carga que trabalham no local reivindicam reajuste salarial de 7% para repor perdas com a inflação e vínculo empregatício com a APM Terminals, empresa arrendatária do Porto de Itajaí.
;No início pedimos 15% de reajuste, agora já concordamos com menos da metade, só para repor a inflação;, disse o presidente do Sindicato dos Conferentes do Porto de Itajaí, Laerte Miranda Filho, a APM quer contratar 24 trabalhadores pela CLT, deixando 30 desempregados, o sindicato não vai aceitar essa medida.
O superintendente do porto disse que foram feitas inúmeras tentativas de acordo, sem sucesso. ;Como autoridade portuária não vamos nos furtar de exercer nossa missão, exigindo que ambas as partes cumpram rigorosamente as determinações legais;. O apelo, segundo ele, é para que se chegue logo a um acordo. Antonio Ayres dos Santos Júnior lembrou que a primeira proposta feita aos trabalhadores foi contratar 12 deles e fazer um rodízio com os demais. ;A cada navio que atraca, a operadora busca o número de trabalhadores necessários para aquele serviço;, explicou.
De acordo com o superintendente, está marcada para a tarde de hoje uma reunião entre todas as partes envolvidas e o Ministério Público do Trabalho. ;Os conferentes querem que a situação permaneça como está, mas com aumento de salários, e daqui a seis meses se discuta a contratação por vínculos, mas queremos que esse impasse seja resolvido bem antes, as regras já existem, inclusive para outras categorias que atuam no porto, é só chegar a um consenso;, destacou.