Agência France-Presse
postado em 02/11/2011 19:58
OAKLAND - Cerca de 5.000 manifestantes do movimento anti-Wall Street, aos quais se uniram professores que pedem subsídios para a educação pública, se manifestaram nesta quarta-feira em Oakland (Califórnia).O acampamento dos militantes de "Occupy Wall Street" (Ocupe Wall Street) de Oakland havia sido evacuado na semana passada pela polícia, em meio de enfrentamentos entre os manifestantes e os oficiais, que resultaram em centenas de detidos e feridos, entre eles um ex-combatente da guerra do Iraque.
Os manifestantes tentaram sem sucesso fechar o porto de Oakland, um dos mais importantes dos Estados Unidos.
A prefeita da cidade, Jean Quan, criticada por sua gestão das manifestações, emitiu um comunicado pedindo calma.
"O chefe da polícia, Howard Jordan, e eu estamos decididos a respeitar o direito de todos os manifestantes, mas é nosso dever garantir a segurança da população", disse.
Apenas seis semanas depois da criação, o movimento "Ocupe Wall Street" (OWS) já pediu para registrar até mesmo o nome como marca.
O movimento nascido em Nova York provoca interesse tanto pelos temas que aborda - crescentes desigualdades, poder do mundo das finanças - como pela renda que pode gerar a partir de produtos como camisas e gorros com o nome.
Em 24 de outubro, os ativistas do OWS, que acampam desde meados de setembro na Praça Zuccotti, perto de Wall Street, decidiram apresentar uma demanda para registrar o nome do movimento à agência governamental americana de marcas e patentes.
"Há varias organizações que tentam ficar com a marca ;Occupy Wall Street;", explicou à AFP o advogado que atua no caso, Samuel Cohen.
"O movimento apresentou o pedido puramente a título defensivo, para ter certeza de poder continuar utilizando o nome sem ter que lutar contra outras organizações", disse.