Enviado Especial
postado em 03/11/2011 13:10
Cannes - Na sua primeira intervenção durante a reunião de cúpula do G-20, grupo das 20 maiores economias do planeta, no almoço de trabalho no início desta tarde, em Cannes, na França, a presidente Dilma Rousseff cobrou rapidez da União Europeia (UE) em encontrar saídas para a crise do euro, lembrando que as turbulências já começam a afetar os países emergentes. "A Europa é um patrimônio democrático que precisa ser preservado", sublinhou a presidente, se referindo as tensas negociações entre os países membros do bloco.
Ela voltou também a dizer que espera mais detalhes sobre os planos de resgate financeiro, além de torcer para que o G-20 "pense em medidas que resultem em crescimento econômico e emprego". Depois de ter se reunido, mais cedo, com seus colegas do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul), Dilma disse que o Brasil está disposto a colaborar financeiramente com um plano de resgate desde que seja feito exclusivament e via Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O Brasil é solidário, mas a solução definitiva para a crise precisa de liderança, visão clara e rapidez", afirmou a presidente na mesa de reuniões. Ela estava sentada entre o primeiro-ministro da Itália, Sílvio Berlusconi, e o presidente da Coreia do Sul, Lee Myang-Bak.
Ao receber Dilma na entrada do Palácio dos Festivais, onde ocorre o encontro do G-20, Sarkozy aproveitou para desejar melhoras ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que luta contra um câncer na laringe. "Nós o amamos", afirmou o presidente francês.