Economia

Empresa chines Sinopec comprará 30% da Galp Energia no Brasil

Agência France-Presse
postado em 11/11/2011 09:18
Pequim - A empresa chinesa Sinopec anunciou nesta sexta-feira (11/11) em um comunicado que assinou um acordo para adquirir 30% da Galp Energia, filial brasileira do grupo petroleiro português Galp, por 3,54 bilhões de dólares, em mais uma etapa da estratégia da China para aumentar seus recursos em combustíveis ao redor do mundo.

Na operação, a Sinopec International Exploration and Production Corporation (SIPC), filial controlada 100% pela Sinopec, vai adquirir 30% da Galp Energia.

O acordo deve ser aprovado pelo governo chinês. A Sinopec pagará no total 5,18 bilhões de dólares, levando em consideração os futuros gastos de capital, segundo o comunicado.

"A SIPC vai adquirir novas ações emitidas pela Galp e efetuar empréstimos como acionista", explica a nota da maior empresa de refino de petróleo da China.

"Esta aquisição amplia ainda mais as operações no exterior da Sinopec em petróleo e gás, que contribuirão muito para o crescimento da produção da empresa nos 12; e 13; planos (2011-2015 e 2016-2020)", destaca a empresa.

A Galp Energia opera quatro projetos em águas profundas na Bacia de Santos.

Os investimentos da China na América Latina, que aumentaram 10 vezes em uma década, alcançaram em 2010 a quantia de 10,5 bilhões de dólares, contra US$ 7,3 bilhões em 2009, segundo números oficiais chineses.

Os chineses importam principalmente matérias-primas da América do Sul, enquanto os países do continente compram cada vez mais produtos manufaturados da China.

As maiores empresas chinesas do setor de energia intensificam as compras no exterior. A segunda maior economia do mundo enfrenta um rápido aumento de suas necessidades em matérias-primas.

No Brasil, a Sinopec já está associada à Petrobras e à espanhola Repsol YPF. Este consórcio anunciou na semana passada uma nova descoberta de gás a 135 quilômetros da cidade de Vitória, na Bacia do Espírito Santo.

Outro grupo chinês, Sinochem, comprou ano passado 40% de um campo petroleiro ;offshore; na costa do Brasil do grupo norueguês Statoil por 3,1 bilhões de dólares.

O Brasil descobriu nos últimos dois anos importantes reservas de petróleo e gás em águas ultraprofundas, que segundo projeções poderiam triplicar as reservas do país, além de transformá-lo em um dos maiores produtores e exportadores de combustíveis do mundo.

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