postado em 18/11/2011 08:39
Roma ; O novo primeiro-ministro italiano, Mario Monti, fez ontem (17) seu discurso inaugural, em que prometeu aplicar um programa baseado em ;rigor, crescimento econômico e justiça social;, defendeu o futuro do euro e garantiu que vai reduzir a brutal dívida pública do país e tranquilizar os mercados financeiros. Horas depois da estreia no Senado, seu governo formado por economistas, empresários e técnicos obteve um amplo apoio no Senado, com o voto de confiança sendo aprovado por 281 parlamentares entre os 307 presentes à sessão. Hoje, a equipe será testada em votação na Câmara.;A Europa vive os anos mais difíceis desde a Segunda Guerra Mundial;, disse o novo líder, repetindo a frase pronunciada pela primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, na segunda-feira. ;O futuro do euro também depende do que a Itália fizer na próxima semana. Não consideramos as exigências da União Europeia (UE) como algo imposto desde o exterior. Não estamos em frentes diferentes. A Europa somos nós.;
Monti vai acumular a chefia de governo com o delicado cargo de ministro das Finanças. ;Devemos convencer os demais de que começamos a reduzir a dívida;, disse. O endividamento público da Itália é de 1,9 trilhão de euros, o equivalente a 120% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas geradas no país em um ano). Após substituir o desgastado Silvio Berlusconi, Monti está numa corrida contra o tempo para estancar a deterioração da confiança nos bônus soberanos do país.
Mulheres
O novo premiê prometeu mudanças no sistema de aposentadorias, assim como do mercado de trabalho. ;O mercado de trabalho deve ser reformado para que se tornar mais equitativo. Há trabalhadores muito tutelados e outros sem nenhum amparo;, disse. Ele citou justamente as duas reformas estruturais mais pedidas pelas autoridades europeias e pelos investidores.
Ele não previu um novo plano de austeridade fiscal após os adotados por seu antecessor em julho e setembro, mas anunciou a introdução de um imposto sobre a habitação, anulado por Berlusconi. Para Monti, é necessário ;reativar uma economia engessada, favorecer o nascimento de novas empresas, melhorar os serviços públicos e dar mais empregos aos jovens e às mulheres;. O governo estudará ;impostos diferenciais; para facilitar a contratação de jovens e mulheres.
Banqueiros deprimidos
Estresse, depressão e insônia são três dos males mais frequentes observados na City de Londres, onde os grandes investidores estão submetidos a uma pressão crescente devido à crise global. O conselheiro do Lloyds Banking Group, Antonio Horta-Osorio, foi a primeira baixa. Ele anunciou que vai tirar licença médica até o fim do ano. ;Há claramente um aumento de problemas ligados ao estresse, a transtornos causados pela ansiedade ou depressão;, disse Michael Sinclair, diretor do City Psychology Group.