Agência France-Presse
postado em 21/11/2011 10:58
Paris - Líderes mundiais parabenizaram Mariano Rajoy por sua vitória nas eleições legislativas da Espanha, e muitos expressaram o desejo de ver os mercados apaziguados após a chegada de um conservador ao poder.A China, que possui cerca de 12% da dívida pública espanhola, fez votos nesta segunda-feira para que "a mudança dê confiança aos mercados, a fim de que a União Europeia aplique as medidas necessárias adotadas nas reuniões da UE e do G20" para frear o contágio da crise.
"A China espera que os países europeus, entre eles Espanha, Itália e Grécia, superem suas dificuldades atuais", disse o porta-voz da chancelaria em Pequim, Liu Weimin.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, cujo país também está sob pressão dos mercados, felicitou Rajoy no domingo e manifestou sua esperança de dar "um novo impulso na aliança" entre Paris e Madri.
"Acredito especialmente nas ações que a Espanha e França podem realizar de forma conjunta neste momento em que a Europa enfrenta uma crise econômica e financeira sem precedentes. Juntos, com nossos parceiros, daremos uma resposta eficaz e credível para restabelecer a estabilidade e o crescimento na Eurozona", escreveu o presidente francês.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou Rajoy para felicitá-lo "por ter ganhado uma batalha crucial em um momento de importância vital para a Espanha e Europa", informou um comunicado da Downing Street, sede do Governo em Londres.
O presidente do México, Felipe Calderón, disse que confia na sociedade e governo espanhóis para superar os desafios enfrentados pela economia e reiterou sua disposição para continuar fortalecendo os laços de amizade e cooperação.
A Venezuela, por sua vez, afirmou no domingo sua intenção de manter laços bilaterais "construtivos" com a Espanha, "baseados no respeito mútuo, em benefício de ambos os povos, unidos por estreitos laços de irmandade", segundo nota do ministério das Relações Exteriores.
[SAIBAMAIS]Rajoy manteve, como chefe do opositor Partido Popular (PP), vários mal entendidos com o governo do presidente Hugo Chávez, que chegou a qualificar o PP como "um dos partidos mais fascistas da Europa".
O PP conseguiu o melhor resultado de sua história com 186 deputados dos 350 que formam a câmara baixa do Parlamento, enquanto o Partido Socialista Trabalhador Espanhol (PSOE) sofreu, com 110 eleitos, o castigo de uma opinião pública que o responsabiliza pela falta de eficácia contra a crise.