Economia

Preços de produtos eletroeletrônicos podem variar até 68%, aponta Procon

postado em 26/11/2011 08:00
O consumidor que pretende ir às compras neste fim de semana não deve sucumbir ao impulso e fechar o negócio sem antes dar uma olhada em várias lojas. Se a intenção for adquirir algum produto eletroeletrônico, não saia de casa antes de fazer uma boa pesquisa em sites da internet, para ter uma ideia. A diferença de preços é grande e, como são produtos de valor mais alto, a economia pode ser significativa, da ordem de R$ 700, no caso de lavadoras, refrigeradores e televisores. Pesquisa do Procon-SP em oito grandes estabelecimentos mostra diferença de até 68% nos preços de eletrodomésticos.

A maior discrepância em percentual foi encontrada no depurador de ar Twist, da marca Colormaq, com menor preço de R$ 89 e maior de R$ 149,50. O valor médio apurado pela pesquisa para o produto foi de R$ 112,80. A lavadora e secadora LG de 8,5kg, ideal para quitinetes, flats e pequenos apartamentos, pode custar de R$ 2.199 a R$ 2.899 ; uma diferença de R$ 700, a depender do ponto de venda.

Além da variação de preços entre produtos de mesmo modelo, há enorme diferença entre aqueles de uma mesma categoria, mas com especificações, funções e recursos tecnológicos variados. Com a pesquisa, o consumidor pode levar um produto mais avançado pelo preço de um com menos recursos, dependendo do estabelecimento onde comprar.

;Os resultados reforçam a importância de o consumidor, sempre que possível, planejar a compra, analisando as diferentes características dos produtos e pesquisando seus preços, assim como as melhores condições;, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes.

Segundo o órgão de defesa do consumidor, o estabelecimento com a maior quantidade de produtos com menor preço (35 itens de 60 encontrados) foi o Ponto Frio da região oeste da capital paulista. No caso de lojas que oferecem pagamento parcelado sem juros, o consumidor deve pesquisar em outras o preço à vista para verificar se há juros embutidos.


De bem com o trabalho
O mercado de trabalho favorável e a queda na taxa de juros levantaram o humor do consumidor. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas, subiu 3,3% em novembro, a maior alta em quatro meses. A satisfação do brasileiro com o mercado de trabalho foi a melhor da série do ICC desde seu início, em setembro de 2005. Para a economista da FGV Viviane Seda, o resultado indica melhora na expectativa do brasileiro com o futuro da economia, apesar das notícias ruins provenientes da Europa. Mas o bom desempenho de novembro não se refletiu positivamente nas intenções de compras de bens duráveis. Entre 2 mil domicílios pesquisados, a parcela de entrevistados que aposta em maior volume de compras desses itens caiu de 23,8% para 19,9%. Viviane explica que, no mês passado, a intenção de compras subiu de forma muito intensa, atipicamente. Agora, o consumidor começa a ajustar suas expectativas para níveis mais razoáveis.

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