Marta Vieira - Especial para o Correio
postado em 28/11/2011 07:54
A siderúrgica argentina Ternium, do grupo Techint, teria fechado no domingo (27) a compra das participações da Camargo Corrêa e do grupo Votorantim no controle da Usiminas, de 26% do total do bloco, e de uma parte pertencente à Caixa de Empregados da empresa. A informação foi veiculada pelos sites dos jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico, que confirmaram o montante de R$ 5 bilhões como referência do negócio, conforme já havia sido especulado. Concluída a negociação, a Ternium passa a dividir o grupo de controle com a Nippon Steel, que detém outros 23,74%.O ingresso da Ternium, que já havia confirmado há 10 dias o interesse no negócio, representa uma derrota para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), rival da Usiminas envolvida há mais de um ano numa estratégia de entrar no bloco de controle da siderúrgica com sede em Minas Gerais. A empresa argentina, que já teve a própria Usiminas como acionista minoritária, seria também a melhor opção para a japonesa Nippon Steel, em lugar da empresa de Benjamin Steinbruch.
Circulam informações de que a Nippon Steel e a Ternium estariam se aproximando, inclusive, para atuar juntas nos mercados siderúrgicos da Europa e da Ásia, outro motivo que teria levado o grupo japonês a não barrar o ingresso da companhia argentina. A Nippon tem o direito e o privilégio de aumentar sua participação, caso um dos acionistas do bloco de controle queira vender sua fatia.
Os outros dois acionistas controladores ; a Caixa de Empregados da Usiminas e a Mitsubishi do Brasil ; também já comunicaram estar cientes das negociações da Ternium, embora destacando que não houve qualquer acordo.