Vera Batista
postado em 29/11/2011 08:49
A agência classificadora Fitch manteve a nota máxima ;AAA; da dívida soberana dos Estados Unidos, mas reduziu ontem (28) sua perspectiva para ;negativa;, o que indica que os títulos emitidos pelo Tesouro norte-americano poderão ser rebaixados em uma próxima revisão. No início de agosto, a Standard & Poor;s, numa decisão polêmica e sem precedentes, que derrubou as bolsas do redor do mundo, já havia tirado o chamado ;triplo A; da dívida soberana da maior economia do planeta.A decisão da Fitch se baseou na previsão de baixo crescimento dos EUA. Por ter sido divulgada quando os mercados já estavam fechados, a notícia não afetou os negócios com ações, juros e câmbio, que tiveram um dia positivo, impulsionados pelos rumores de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderia emprestar entre 400 bilhões e 600 bilhões de euros para a Itália.
O Fundo negou a iniciativa, mas os reflexos positivos já estavam consolidados. Houve alta nas bolsas de Nova York (2,9%), Frankfurt (4,6%), Londres (2,87%), Paris (5,46%), Milão (4,6%) e São Paulo (2,05%). No Brasil, o dólar fechou com desvalorização de 1,77%, a maior baixa desde 27 de outubro, cotado a R$ 1,853.
Moody;s vê ameaça geral
A agência de classificação de risco Moody;s alertou que a rápida escalada da crise da Zona do Euro ameaça a nota de todos os bônus governamentais europeus. Em relatório, a agência afirma que o bloco está se aproximando de uma ruptura, que levará ou a uma integração maior ou a uma fragmentação. ;A probabilidade de defaults múltiplos em países da área do euro não é mais negligenciável;, diz o documento.