Agência France-Presse
postado em 29/11/2011 19:30
A crise da dívida na Europa tem freado as exportações da Ásia ao mercado europeu e forçada a região a buscar novos motores de crescimento para sua produção, em particular o aumento do consumo interno, alertam organismos internacionais e analistas.As seis principais economias do sudeste asiático (Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã) registrarão um crescimento médio de 5% em 2011 e de 5,6% de 2012 a 2016, dois pontos percentuais a menos que em 2010, prevê a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seu relatório sobre esta região.
Os analistas do banco americano Morgan Stanley revisaram para baixo na segunda-feira pela segunda vez em três meses o crescimento da Ásia, com exceção do Japão. Agora preveem um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nesta região de 6,9% em 2012, contra 7,3% anterior, segundo um informe publicado na segunda-feira.
"Os países da região mais dependentes das exportações (Hong Kong, Singapura, Taiwan, Malásia, Coreia do Sul e Tailândia), serão logicamente os mais expostos a uma agravamento das condições econômicas mundiais causadas pela crise na Europa e pela lentidão na recuperação dos Estados Unidos", disse o Morgan Stanley. "Um novo tipo de crescimento é necessário na Ásia do sudeste", disse nesta terça-feira Mario Pezzini, responsável da OCDE.
"O único lado bom do aumento das preocupações (sobre a economia mundial) é que ele oferece a oportunidade de reinventar o crescimento", completou.