Economia

Mantega diz que desaceleração da economia brasileira é passageira

postado em 06/12/2011 14:16
A desaceleração da economia no terceiro trimestre é passageira e no quarto trimestre a situação será outra, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado nesta terça-feira(6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados, a economia não apresentou crescimento no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior.

;A economia no quarto trimestre já estará acelerando porque uma parte das medidas que tomamos [para equilibrar a economia doméstica em um cenário de crise internacional] já está sendo revertida. Estamos reativando a economia. Principalmente, as medidas monetárias. As taxas de juros caíram pelo terceiro mês consecutivo e reduzimos o Imposto sobre Operações Financeiras [IOF] para o crédito;, disse.

O ministro destacou que as medidas anunciadas na semana passada, como os estímulos ao consumo, indicam que o governo voltou a reativar a economia depois de ter provocado a redução do crescimento. Para ele, a economia chegou a um patamar desejável e com a inflação sob controle.

Mantega destacou ainda que a desaceleração da economia ocorrida no terceiro trimestre se deve à crise internacional, que trouxe prejuízos principalmente ao setor industrial, e ao conjunto de medidas adotadas pelo governo brasileiro a partir do ano passado para enfrentar as turbulências econômicas.

Segundo ele, com os problemas externos, a indústria nacional foi obrigada a disputar de forma mais acirrada os mercados concorrentes. Já o governo precisou adotar medidas para equilibrar a economia, que vinha crescendo acima da expectativa. Por isso, houve a redução do consumo, com o encarecimento do crédito e uma certa demora na redução nas taxas de juros, destacou Mantega. Além dessas medidas, o governo fez um ajuste nos gastos públicos com cortes de R$ 50 bilhões no Orçamento.

O ministro lembrou que essas medidas só têm reflexos meses depois de adotadas. ;Principalmente, as taxas de juros, que tiveram reflexos no terceiro trimestre. Mas houve uma combinação de fatores. Quero ressaltar que a desaceleração não afetou o emprego e a massa salarial;, acrescentou.

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