Economia

Inflação recua e China diz que manterá uma política monetária prudente

Agência France-Presse
postado em 09/12/2011 16:46
Pequim - A China anunciou nesta sexta-feira (9/12) um forte retrocesso da inflação e disse que manterá uma política monetária "prudente" em 2012, num momento em que seu crescimento tem sido freado pela crise na Europa e nos Estados Unidos. O índice dos preços ao consumo aumentou 4,2% em novembro, segundo cifras anualizadas, seu menor nível desde setembro de 2010, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (BNS). Com relação a outubro, os preços recuaram 0,2%.

Estas cifras confirmam o êxito da luta contra a alta dos preços no país, que possui o segundo maior PIB do mundo. A inflação interanual havia chegado a 5,5% em outubro e disparou 6,5% em julho. O êxito contra a inflação, no entanto, acontece num momento em que o crescimento exibe sinais de debilidade.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China registrou um crescimento de 10,4% em 2010, mas desacelerou a 9,7% no primeiro trimestre do ano, a 9,5% no segundo e a 9,1% no terceiro. O escritório político do Partido Comunista, a mais alta instância dirigente do país, anunciou na sexta-feira que o governo da China continuará aplicando uma política monetária "prudente" e uma "política orçamentária de apoio à economia" em 2012.

O anúncio foi dado antes de uma reunião sobre a política econômica do país, que o próprio Escritório Político realizará de segunda a quarta-feira. Na reunião anterior, pela primeira vez em 33 meses, o Banco Central reduziu a taxa de reservas obrigatórias dos bancos. Essa medida de flexibilização permitiu aos bancos conceder mais empréstimos e estimular assim a atividade econômica. Com isso, a China se vê agora diante da debilidade da demanda mundial. Em outubro, as exportações chinesas, tanto para Europa quanto para Estados Unidos, foram reduzidas com relação ao mês anterior.

"A grave e complexa situação da economia mundial se traduzirá inevitavelmente em uma insuficiente demanda mundial", disse o vice-primeiro-ministro, Wang Qishan, encarregado das Finanças do país.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação