Economia

Mercados comemoram o novo acordo fiscal para a zona do euro

postado em 10/12/2011 10:09

Os mercados reagiram de forma positiva ao acordo fechado entre os líderes europeus para reforçar a disciplina orçamentária na Zona do Euro. Após uma semana de muita volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo terminou a sexta-feira com alta de 1,36%, embora o volume de negócios tenha sido baixo: apenas R$ 4,67 bilhões. Com a recuperação de ontem, a bolsa paulista encerrou a semana com valorização de 0,61%. No mês, o ganho avançou para 2,39%, mas o ano ainda acumula uma perda de 15,97%.

;Com 26 países da União Europeia concordando com as regras, os preços das ações foram impulsionados lá fora e isso foi determinante para o Ibovespa;, afirmou o economista-sênior da CM Capital Markets, Maurício Nakahodo, referindo-se ao entendimento quase unânime entre os países do continente em torno de regras fiscais mais rígidas. Para ele, o otimismo deve continuar nos próximos pregões, mas ainda com cautela. ;Há países que ainda têm que consultar o Parlamento e pode haver resistência. Os investidores ainda vão aguardar novas medidas;, afirmou.

Na Europa, o acordo provocou altas expressivas nas bolsas de Londres (0,83%), Paris (2,48%), Frankfurt (1,91%), Madri (2,23%), e Milão (3,37%). Em Nova York, cujos mercados fecham mais tarde, o índice Dow Jones, principal referência da Bolsa de Nova York, avançou 1,55%, o Standard & Poor;s 500 teve valorização de 1,69% e o termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,94%.

Turbulência
Mesmo com o clima positivo, as dúvidas sobre a continuidade da turbulência que tem varrido os mercados ainda continua. ;O acordo fiscal vai ajudar, mas não por muito tempo;, disse George Feiger, presidente da Contango Capital Advisors, em San Francisco. ;Não existe final feliz para essa situação. O que existem são soluções que não sejam horríveis.;

No Brasil, o dólar comercial recuou 0,55% ontem, fechando R$ 1,80. Na semana, no entanto, a moeda norte-americana ainda manteve valorização de 0,98%. Desde o início do ano, a alta acumulada é de 8,4%.

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