Economia

Wall Street fecha em queda e se prepara para fim de ano sombrio

Agência France-Presse
postado em 12/12/2011 20:56
NOVA YORK - Wall Street encerrou suas operações nesta segunda-feira (12/12) em queda, minada pela advertência lançada pela agência de classificação de risco Moody;s à Zona Euro: o Dow Jones cedeu 1,34% e o Nasdaq, 1,31%.

Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 162,87 pontos, para ficar em 12.021,39, e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, 34,59 pontos, a 2.612,26.

O índice ampliado Standard & Poor;s 500 retrocedeu 1,49% (-18,72 pontos) para ficar em 1.236,47 pontos. "Um pouco de desencanto", disse Evariste Lefeuvre, economista-chefe para as Américas do banco Natixis. "Sabemos que se retorna a uma fase de recessão considerada violenta na Zona Euro e que já não teremos nossa alta de fim de ano, isso é certo", completou.

"Todo mundo passou o fim de semana examinando os detalhes do que eu chamaria de um novo contrato europeu", disse Hugh Johnson, presidente da Hugh Johnson Advisors, sobre o pacto de estabilidade orçamentária alcançado na semana passada pela União Europeia - com exceção do Reino Unido - e em alusão à queda das bolsas nesta segunda-feira em comparação com a alta de sexta-feira.

A agência de classificação de risco Moody;s advertiu nesta segunda-feira que examinará novamente as notas soberanas dos países da Zona Euro e da União Europeia no primeiro trimestre de 2012 devido à falta de adoção de "medidas decisivas" na cúpula europeia da semana passada.

"A ausência de medidas para estabilizar os mercados no curto prazo significa que a Zona Euro, e a União Europeia em geral, continuam submetidas a novos choques e à coesão da Zona Euro (permanece) sob uma ameaça persistente", afirmou esta agência em comunicado.

Essa advertência ocorre em um momento em que a Zona Euro aguarda um pronunciamento da agência de classificação de risco Standard & Poor;s (S), que na semana passada anunciou que colocava em perspectiva negativa a nota de 15 dos 17 países da Zona Euro, incluindo os seis que ainda mantém a classificação máxima, "AAA", como Alemanha e França.

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