Economia

Aumento do Judiciário cada vez mais distante de se tornar realidade

postado em 13/12/2011 08:46
Comandante do PMDB, Henrique Eduardo Alves assegura que não partirá para o confronto com a equipe econômica
Está cada vez mais distante qualquer reajuste para os servidores do Judiciário em 2012. Numa tentativa derradeira, os líderes da base aliada do governo no Congresso prometem convencer a equipe econômica e o Palácio do Planalto a conceder um pequeno aumento no ano que vem, de 5,2%, muito abaixo dos 56% previstos em projeto de lei apresentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que ele e os colegas tentarão marcar uma conversa hoje com integrantes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, ;para ver se existe a possibilidade de dar o reajuste;. ;Se o governo disser que é impossível e der suas razões, não terá jeito;, avisou.

No entender de Alves, a única saída para obtenção de algum reajuste é convencer o governo. Não será fácil. Ontem, depois de reunião da coordenação política do governo, a situação permanecia a mesma sinalizada pela ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de zero de aumento.

;A tendência é de que não haja previsão de correção salarial para nenhuma categoria no Orçamento de 2012;, resumiu um interlocutor do Planalto no Congresso. A preocupação do governo é de que a elevação dos vencimentos do Judiciário alimente pressões de outras categorias, em um ano de enfrentamento da crise econômica. O problema é que o discurso do governo está frágil, pois anunciou um contingencimento de R$ 50 bilhões, mas, na verdade, economizou só R$ 21,3 bilhões.

No fim de novembro, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou emenda no valor de R$ 2 bilhões ao Orçamento de 2012 para reajustar os salários dos magistrados, dos servidores do Judiciário e do pessoal do Ministério Público da União (MPU). Mas já é certo entre os líderes que não há espaço no orçamento para tal valor. ;O relator do projeto de lei orçamentária (Arlindo Chinaglia, do PT de São Paulo) tem um grande abacaxi para descascar. São várias emendas e ele não consegue atender a todas;, avaliou o líder do PMDB.

Emendas

Por isso, Alves defenderá que seja reservado pelo menos R$ 1 bilhão: R$ 200 milhões para os magistrados, R$ 90 milhões para o MPU e R$ 700 milhões para os técnicos e analistas judiciários. Isso significa um aumento de 5,2%, já previsto no Orçamento de 2011 para os magistrados, mas até hoje não concedido. ;Pelo menos, tentaremos conseguir R$ 1 bilhão. Não dá para aprovar todas as emendas das comissões. Não haveria orçamento que desse;, justificou.

O líder do PMDB ressalvou ainda que o reajuste de 5,2% a ser negociado será ;pontual, emergencial; para 2012, e não representará antecipação de uma correção maior, sendo pago de forma parcelada, como querem os servidores. O aumento de servidor só pode sair em lei e tem que haver receita prevista no Orçamento do ano em que será concedido. O de 2012 será votado pelo Congresso até a semana que vem. ;É um jogo difícil. Mas ainda estamos dentro do tempo regulamentar;, comparou Alves. Apesar disso, nem ele está muito confiante: ;Não apostaria em nenhum resultado;.

CET contratará agente

O Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB) abriu seleção para o preenchimento de uma vaga de agente na equipe que desenvolverá o projeto para a dinamização da alimentação escolar a partir da gastronomia e sustentabilidade. O salário é de R$ 3.987,20. O contrato, que exige nível superior, terá validade de 12 meses. As inscrições vão até amanhã e devem ser feitas no site www.cet.unb.br e enviadas, com o currículo, para gastronomia@unb.br. No assunto da mensagem, o candidato deve escrever ;Chamada Pública n; 001/2011 ; Perfil: Educação e Currículos;. Exige-se disponibilidade para viagens.

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