Economia

CNI defende mais investimentos para que país tenha crescimento de 5% do PIB

postado em 14/12/2011 14:45
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu nesta quarta-feira (14) a elevação da taxa de investimentos no Brasil para que o país possa alcançar o crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) almejado pelo governo. Segundo ele, seria necessário um aumento de pelo menos 24% na taxa de investimento para a economia brasileira alcançar o crescimento necessário.

Robson Andrade ressaltou que é preciso dar atenção à massa de novos trabalhadores que entrará no mercado de trabalho nos próximos anos. Para ele, só com novos investimentos será possível suprir essa demanda na economia brasileira. ;É preciso que tenhamos esses investimentos, principalmente em infraestrutura, onde há deficiência. Precisamos reduzir os gargalos. Também nossos portos e rodovias têm custos elevados.;

Para 2012, o presidente da CNI vislumbra um cenário um pouco melhor do que o de 2011, apesar da crise econômica internacional. A CNI revisou de 3,4% para 2,8% a projeção do PIB em 2011 e projetou crescimento de 3% em 2012. Nas estimativas da instituição, o crescimento do PIB da indústria também será baixo este ano, 1,8%, subindo para 2,3% em 2012. ;O que estamos vendo é que o cenário deve melhorar um pouco. Mas [o crescimento] é baixo, porque a indústria poderia crescer mais."

Andrade apontou os prejuízos causados à economia do país pela elevada carga tributária e pelos custos trabalhistas. Segundo ele, embora o salário do trabalhador tenha crescido, esses custos continuam altos, resultando em prejuízos para o crescimento da economia. ;Não sou contra o salário do trabalhador. Sou contra os altos encargos que a indústria paga;, disse ele.

[SAIBAMAIS]Entre os vários problemas do setor, Andrade destacou ainda a concorrência dos produtos brasileiros com os importados, que deverá se acirrar com a queda da demanda nos Estados Unidos e na Europa por causa da crise. Para ele, a indústria asiática, com a redução da demanda nesses mercados, deverá destinar cada vez mais seus produtos para o Brasil.

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