A economia brasileira vai desacelerar este ano e manter crescimento moderado em 2012. Quanto à inflação, restam dúvidas se ficará mais perto do teto (6,5%) ou do centro da meta (4,5%) determinada pelo Banco Central. Mas os juros vão chegar a um dígito até abril do ano que vem. As previsões fazem parte da pesquisa Projeções e Expectativas do Mercado, apresentada ontem pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O relativo pessimismo decorre da percepção de continuidade do panorama internacional desfavorável. ;Temos um cenário um pouco melhor para os Estados Unidos, mas uma situação bem fragilizada na Europa e sinais de desaquecimento moderado na China;, analisou Jayme Alves, economista sênior da Febraban.
[SAIBAMAIS]As previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são de 2,9% neste ano e de 3,4% no próximo. A inflação em 2012 foi estimada em 5,4%, uma queda ante os 5,7% da pesquisa feita em novembro. ;Ainda que tenhamos pressão menor sobre os preços, é provável que a inflação gravite entre o centro e o teto da meta;, afirmou Alves. Neste ano, o custo de vida vai se situar em 6,5%. A Taxa Básica de Juros (Selic) vai baixar até chegar em 9,5% ao ano, em abril de 2012.
Crédito aumenta
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca e da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas físicas vai estimular a concessão de crédito neste fim de ano. De acordo com a Febraban, o crédito às pessoas físicas deve crescer 15,8% este ano em relação a 2010. O crédito pessoal deve ter expansão de 18,4%, pouco abaixo dos 25,2% do ano passado. Mas a inadimplência também deve crescer de 4,6%% para 5,4% .