postado em 19/12/2011 08:00
A menos de uma semana do Natal, quem decidiu viajar de última hora vai ter que preparar o bolso para pagar tarifas altas, tanto de ônibus como de avião. O passageiro precisará também de muita paciência na hora do embarque. Em todo o país, as filas nos aeroportos e rodoviárias nessa época são gigantescas. A infraestrutura à disposição dos viajantes está defasada e deixa muito a desejar em termos de eficiência e conforto. Os transtornos são comuns e os aborrecimentos, quase uma certeza.Até mesmo para trocar o horário dos bilhetes, os custos são enormes. Segundo o relato de passageiros nos aeroportos brasileiros, vários voos têm saído com assentos vazios. Ainda assim, quem deseja antecipar a viagem em algumas horas precisa pagar mais do que o dobro do valor. Foi o que ocorreu com o assessor parlamentar Vinícius Moraes, 33 anos, que saiu do Rio de Janeiro para participar de um evento em Brasília e decidiu retornar mais cedo do que o previsto. Ao chegar ao balcão da companhia aérea, foi informado de que precisaria pagar um extra de R$ 700.
Mesmo injuriado, ele resolveu parcelar a tarifa em três vezes no cartão de crédito. ;A viagem de ônibus é mais barata, mas decidi retornar ao Rio de avião mesmo, pois o tempo que eu levaria na estrada seria muito maior;, disse. Para reduzir as despesas, o consumidor deve pesquisar em busca de preços mais acessíveis e melhores condições de pagamento, além de tentar se organizar com um mês de antecedência.
Improviso
Com uma consulta médica marcada para o dia 21 em Belo Horizonte, a empresária Cibele Tamieli, 47 anos, se programou e conseguiu comprar, 20 dias antes da partida, o bilhete aéreo por um preço em conta. Ela parcelou o valor em seis vezes. ;Não vi muita vantagem na passagem rodoviária. Paguei um pouco mais por menos tempo de viagem;, contou. De ônibus, ela passaria 16 horas na estrada. De avião, deveria chegar ao destino em 1h15.
Regras de planos começam hoje
As regras que obrigam os planos de saúde a acelerar o atendimento aos clientes começam a vigorar hoje. Segundo as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os usuários que quiserem marcar uma consulta com especialistas de pediatria, clínica médica, ginecologia e outros não poderão ser submetidos a uma espera superior a sete dias. Serviços de diagnóstico devem ser feitos em até três dias. Se não houver rede de assistência no município, o plano será obrigado a fornecer o tratamento em médico não credenciado no mesmo local ou o transporte até uma cidade que tenha profissionais credenciados. Os convênios que desobedecerem a resolução poderão ser multados, ter a venda suspensa ou os dirigentes afastados.