postado em 20/12/2011 19:48
Dois sindicatos de aeroviários ligados à Força Sindical assinaram, há pouco, acordo trabalhista com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). Segundo o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo (Fntta), Uébio José da Silva, os acordos foram fechados pelos sindicatos dos aeroviários do estado do Amazonas e da cidade do Rio de Janeiro.De acordo com Silva, os trabalhadores e o sindicato patronal acordaram um reajuste salarial linear para todos os trabalhadores de 6,17%, o que equivale à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) entre dezembro de 2010 e novembro de 2011. Eles também concordaram com o aumento de 10% no piso salarial para auxiliar de serviços gerais, de manutenção de aeronaves, agente de proteção (raio X) e para mecânicos de manutenção. Também serão reajustados em 10% os valores dos vales refeição e da cesta básica. Também está no acordo a criação do piso de R$ 1 mil para operador de equipamentos. Nos demais itens que tenham reflexos econômicos (diárias, seguros etc), será concedida a inflação do período (6,17%)
Os sindicatos de aeroviários (empregados de empresas aéreas que atuam na terra) e aeronautas (que trabalham a bordo das aeronaves) ligadas à Força Sindical ainda não haviam aprovado a paralisação, ao contrário das entidades ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), que aprovaram e mantém o indicativo de greve para o próximo dia 22.
Para Silva, os acordos fechados hoje (20) desestimulam a categoria de cruzar os braços por uma diferença mínima entre o percentual reivindicado pelos trabalhadores e o percentual oferecido pelas empresas aéreas. Inicialmente, as duas centrais trabalhistas exigiam 13%. Já na reunião de ontem, mediada pelo TST, as entidades ligadas à CUT pediam 7%, enquanto os da Força Sindical queriam 9%.
Silva diz que, juntas, as duas entidades que fecharam acordos hoje representam cerca de 25 mil trabalhadores. ;São acordos razoáveis, mas melhores do que poderiam ser conquistados no Tribunal Superior do Trabalho, já que o tribunal limita o reajuste às perdas inflacionárias do período. ;Eu não acredito em greve;, disse o sindicalista.