O governo entrou em cena para evitar um caos aéreo às vésperas do Natal e está pressionando as companhias aéreas para fazerem uma nova proposta de reajuste salarial. O objetivo é evitar que os aeroviários (pessoal de terra) e os aeronautas (pilotos e comissários de bordo) não entrem em greve a partir das 23h de desta quinta-feira (22/12), conforme o esperado.
O Secretário de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, está negociando pessoalmente com as empresas aéreas, por telefone, em busca de uma saída. Ele teve, inclusive, ajuda do Palácio do Planalto nessas negociações. A princípio, uma nova proposta deverá ser concluída até esta quinta-feira de manhã. Inicialmente, os sindicatos estavam pedindo 10% e, na segunda-feira, chegaram a reduzir a correção para 7%, mas as empresas aéreas chegaram a, no máximo, 6,17%. Há expectativa de que esse aumento chegue para 6,5%.
Enquanto isso, os trabalhadores dos aeroportos devem realizar assembleias ao longo da tarde desta quarta-feira (21/12) até amanhã às 12h para decidirem se irão ou não aceitar a nova proposta, mas, por enquanto, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) não se pronunciou oficialmente, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A expectativa é que até às 15h30 de amanhã os trabalhadores se posicionem sobre se irão paralisar as operações por tempo indeterminado.