postado em 29/12/2011 08:59
Apesar do cenário negativo na economia global, os industriais brasileiros começaram a esboçar certo otimismo neste fim de ano. Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou alta de 1,1% no Índice de Confiança da Indústria (ICI) de dezembro ante o mês anterior. Com esse resultado, o termômetro que mede o humor dos empresários fecha o ano com a única elevação de 2011. O ICI não apresentava resultados positivos desde dezembro de 2010, quando teve alta de 1,6%. Mas, apesar da variação positiva, ele ficou em 101,8 pontos, resultado ainda inferior à média histórica de 103,9 pontos. Na comparação com o mês passado, o indicador mostrou estabilidade em relação a outubro.A alta da confiança em dezembro foi inferior à estimada na primeira prévia do índice, que projetava elevação de 2% em relação a novembro. Contudo, os economistas acreditam que a recuperação da indústria deve ter início no primeiro semestre de 2012. Em nota, a FGV informou que a combinação de resultados ;sinaliza alguma recuperação de ritmo da atividade industrial a curto prazo;. Com isso, as apostas no futuro também melhoraram. O Índice de Expectativas (IE) avançou em dezembro pelo terceiro mês consecutivo, para 101,1 pontos ; uma alta de 0,2%.
Produção
O Índice da Situação Atual (ISA), outro indicador apurado pela FGV, subiu 1,9% em relação a novembro, passando de 100,5 para 102,4 pontos. A maior contribuição foi no item que mede a satisfação da demanda atual, que avançou 104,4 pontos, o que representa o maior nível nos últimos cinco meses.
A tendência de alta no otimismo dos empresários deve ser seguida nos próximos meses, segundo a FGV. O reflexo positivo poderá ser sentido, sobretudo, em relação às previsões para a produção no trimestre de dezembro a fevereiro do ano que vem, superando as perspectivas de novas contratações ou sobre uma melhora no ambiente dos negócios a médio prazo. Entre as 1.244 empresas consultadas, 44,8% esperam expandir a produção no próximo trimestre contra 31,9% que indicavam mesma intenção em novembro. Mas, por outro lado, 17,5% pretendem reduzir o ritmo das fábricas; em novembro, esse índice era de 5,6%.