postado em 17/01/2012 09:40
[FOTO1]A Standard & Poor;s reduziu ontem a nota de classificação de risco do fundo de resgate da Europa, pouco tempo após ter cortado a nota triplo A de França e Áustria. A agência rebaixou a nota do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) de AAA para AA%2b, o que pode elevar seus custos de empréstimos.
O diretor do fundo, Klaus Regling, afirmou que o EFSF manterá sua capacidade de emprestar de 440 bilhões de euros. ;O rebaixamento para AA%2b não reduzirá a capacidade de empréstimos;, afirmou. ;São necessárias novas contribuições de países que ainda tenham a nota AAA para manter a capacidade de empréstimo com as mesmas taxas de juros;, alertou, no entanto, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o líder espanhol, Mariano Rajoy, tentaram minimizar o impacto da degradação da nota de seus países e ressaltaram a importância da redução dos deficits e a retomada do crescimento em plena crise da dívida europeia. ;Ante uma crise sem precedentes, é necessário encontrar um novo modelo de crescimento;, disse o presidente francês em visita a Madri. Para o presidente francês, as recentes decisões da Standard and Poor;s sobre a França ;no fundo, não mudam nada;.
O contexto financeiro do encontro de ontem, no entanto, não poderia ser pior. Na sexta-feira, a Standard and Poor;s reduziu a nota de nove países da Eurozona, inclusive de França, Itália e Espanha ; 2;, 3; e 4; economias do bloco ;, alegando que o plano anticrise desses países é insuficiente. França e Áustria perderam o precioso triplo A, recuando suas notas em um escalão, para AA%2b. O castigo foi maior para Espanha, Itália e Portugal, que recuaram dois escalões.
A Comissão Europeia (CE) respondeu ontem à agência, dizendo que é errôneo rebaixar a nota de nove países da Eurozona sob a alegação de que o plano anticrise europeu só contempla medidas de austeridade e rigor fiscal e não aponta o estímulo ao crescimento. "A ideia de que só tomamos medidas em relação ao rigor fiscal é errônea;, disse o porta-voz da comissão, Olivier Bailly.
Leilão
Apesar das turbulências, a França fez um leilão de títulos da dívida pela manhã, com ligeira redução nos rendimentos, no primeiro teste após o rebaixamento de seu rating. O Tesouro francês vendeu 8,6 bilhões de euros em papéis de curto prazo, no topo da faixa entre 7,4 bilhões e 8,7 bilhões de euros pretendida pelo governo.
A Grécia enviou autoridades de alto escalão a Washington nesta segunda-feira para reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), correndo contra o tempo para resolver um impasse nas negociações de troca de dívida, que gerou novos temores sobre um possível default desordenado do país.