postado em 18/01/2012 07:51
Os resultados que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) obteve na pesquisa Indicadores Industriais de novembro do ano passado mostram um quadro de franca recuperação do faturamento das empresas, que cresceu 5,2% no acumulado de janeiro ao penúltimo mês de 2011. No desempenho mensal, a expansão foi de 1,9% em relação a outubro. Nessa mesma base de comparação, a massa salarial aumentou 4,8% e os rendimentos reais dos trabalhadores, 5,3%.
;O faturamento cresceu 2,2% em novembro, com a sexta expansão consecutiva. As horas trabalhadas, com aumento de 0,2% em novembro, interromperam três meses seguidos de queda. A relativa estabilidade da utilização da capacidade instalada, com 81,5% e alta de 0,1 ponto percentual, ocorreu após dois meses de queda;, afirmou Marcelo de Ávila, economista da CNI, dando contornos mais claros ao processo de retomada.
Em novembro, os números da indústria ainda não refletiam as medidas tributárias que o governo anunciou, reduzindo impostos para bens de capital e eletrodomésticos, entre outros itens. Mas já capturaram parte dos reflexos do afrouxamento da política monetária, com a redução do depósito compulsório que os bancos têm que recolher ao Banco Central e os cortes nos juros desde agosto. Além disso, contribuiu positivamente a desvalorização do real frente ao dólar, que elevou a competitividade dos produtos nacionais.
Apesar da nítida trajetória de aquecimento, os índices ainda estão abaixo dos níveis de um ano atrás. ;Os indicadores diretamente ligados à atividade industrial, como horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada apontam, em novembro, uma situação pior do que no mesmo mês do ano anterior para a maioria dos setores. O faturamento é a exceção, com uma trajetória consistente de crescimento;, disse Flávio Castelo Branco, gerente executivo de Política Econômica da CNI. Mas ele admitiu: o período de maior dificuldade ;foi vencido;.