postado em 18/01/2012 21:06
Brasília ; Diante do cenário internacional incerto e de uma inflação menos corrosiva comparada a de 2011, o Banco Central cortou a taxa básica de juros (Selic) pela quarta vez na gestão de Alexandre Tombini. O recuo de 0,50 ponto percentual aprovado ontem, na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2012, derrubou, sem surpresas, a taxa para 10,50% ao ano. Em comunicado, a instituição deixou ainda pistas de que o processo de afrouxamento monetário ainda não chegou ao fim e as apostas mais ousadas no mercado financeiro são de que a Selic deve fechar o ano em 9%."O Copom entende que, ao tempestivamente, mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado do nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", destacou o colegiado em comunicado.
Nos cálculos de Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra, a taxa básica deve cair, este ano, para 9% ao ano. Incluindo o corte de janeiro, serão mais três de 0,50 ponto percentual;, ponderou. Ela explicou ainda que o Banco Central de Alexandre Tombini é mais sensível à outras questões econômicas além do mandato da instituição, de perseguir a iflação. ;Não sei se podemos falar em um duplo mandato para o BC, mas sem dúvida os diretores colocaram o crescimento na conta ao traçar essa estratégia de afrouxamento. A ideia é destravar o país e garantir alguma expansão, mesmo que tenha de usar parte da banda da meta de inflação."