postado em 30/01/2012 20:07
A avicultura nacional deve experimentar, este ano, um crescimento moderado, em torno de 2%, tanto na produção quanto na exportação, em função da crise internacional. A avaliação foi feita hoje (30), na Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), no Rio de Janeiro, pelo presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubrabef), que congrega os produtores e exportadores de aves do país, Francisco Turra.O consumo interno atingiu 47,4 quilogramas por habitante/ano (kg por hab/ano), em 2011. Ex-ministro da Agricultura entre 1998/1999, Turra manifestou, entretanto, que, para 2012, o setor preferiu ser cauteloso nas previsões. ;Nós somos até conservadores. Não estamos fazendo projeção de grande crescimento. Mas nós não vamos nem empatar, nem decrescer;.
Explicou que há muita turbulência no mercado exterior. Alguns países compradores, com o objetivo de proteger o produtor local, começam a ameaçar as exportações brasileiras de aves. ;Se não tivéssemos 154 mercados abertos, teríamos sofrido muito;. A Rússia foi um dos países que embargaram as compras do produto brasileiro, de forma ;indevida e injustificada;, na opinião de Francisco Turra. Irã e Iraque também reduziram as importações ;para proteger o seu produtor;.
A produção avícola nacional cresceu 7% em 2011, tornando o país o segundo maior produtor do mundo, ;junto da China e logo depois dos Estados Unidos;. As exportações evoluíram 3,2%, mantendo o Brasil na liderança internacional, com 40% do mercado mundial.
Em relação ao consumo, o crescimento observado foi 10% no ano passado. O presidente da Ubrabef disse que as classes C e D estão consumindo muita proteína. ;O brasileiro come 47,4 quilos de frango, 35 quilos de bovino e 15 quilos de suíno [por ano]. Acho que o brasileiro hoje tem acesso [ao consumo de proteínas] mais democratizado, universal. E a carne de frango é mais barata;.
Na área da exportação, argumentou que o mês de janeiro surpreendeu favoravelmente. ;Nós vamos crescer em relação a janeiro do ano passado mais de 10%". Os números do desempenho do setor neste primeiro mês do ano serão divulgados amanhã (31). "Mesmo assim, não estamos muito animados para imaginar um crescimento fantástico;, ressalvou.