postado em 31/01/2012 12:16
São Paulo - A taxa média de desemprego recuou de 11,9% em 2010 para 10,5% em 2011 nas sete regiões metropolitanas onde é feita a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade).Foram criadas 407 mil vagas em todo o ano passado, número suficiente para absorver as 105 mil pessoas que entraram para o mercado de trabalho e reduzir a quantidade de trabalhadores que já aguardava uma ocupação. De 2010 para 2011 houve queda no número de desempregados estimados, que passou de 2,620 milhões para 2,318 milhões.
O desemprego diminuiu em todas as regiões com destaque para Recife onde a taxa reduziu de 16,2% para 13,5%; Belo Horizonte (de 8,4% para 7%) e Porto Alegre (de 8,7% para 7,3%). Na média, as maiores chances de contratação foram criadas no setor de serviços, que abriu 272 mil postos de trabalho, seguida pelo comércio (73 mil), construção civil (65 mil), indústria (33 mil) e outros setores (queda de 36 mil ). O rendimento médio dos assalariados teve ligeiro recuo de 0,2% com valor de R$ 1.467. Mas a massa de rendimentos aumentou em 3,2%.
Ao longo do ano passado também houve uma redução da precariedade do mercado de trabalho. O número de admissões com carteira de trabalho aumentou 5,8% e ao mesmo tempo ocorreu queda de 4,7% nas contratações sem carteira. Na avaliação do economista do Dieese Sérgio Mendonça, ;2011 foi um ano bom; porque, mesmo com a economia crescendo a um ritmo mais lento, na média, a taxa de desemprego teve um desempenho mais favorável do que em 2010. Ele observou que esse resultado foi puxado pelos serviços com alta de 2,6% e pela construção civil que cresceu 5,2%. Já a indústria ampliou as vagas em apenas 1,1%.
Sobre os rumos do emprego em 2012, o economista alerta que tudo vai depender dos desdobramentos da crise na Europa. Se for mantida a atual situação, ele acredita que a taxa de desemprego em 2012 pode repetir a de 2011 ou até ;ter uma taxa bem menor;. Na projeção dele, a economia brasileira deve crescer de 3% a 4%.