Economia

Juízes entrarão com agravo contra a recusa do STF em conceder um reajuste

postado em 09/02/2012 08:00

Membros do Judiciário fizeram, no ano passado, manifestações para forçar o Congresso a conceder aumentos A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) anunciou que recorrerá da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou arquivar o pedido de reajuste salarial de 4,8% aos magistrados. O agravo regimental a ser interposto pela entidade nos próximos dias será analisado pelo plenário do STF. Relator do mandado de injunção coletivo impetrado pela Ajufe, Lewandowski entendeu que não houve a alegada omissão do Congresso na análise do projeto de lei apresentado pelo STF em agosto de 2011 prevendo o reajuste de 4,8% para todos os magistrados.

Na sua decisão, o ministro deixou claro que consultou o site da Câmara dos Deputados e verificou que a tramitação do projeto está regular, em regime de prioridade e já tem parecer favorável do relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. ;A presente impetração revela-se, portanto, manifestamente prematura;, ressaltou Lewandowski.

O recurso da Ajufe quer explorar uma divisão que há dentro do STF. O ministro Marco Aurélio, por exemplo, defende publicamente o reajuste anual dos vencimentos dos servidores e critica o governo por não respeitar o texto constitucional. ;O Estado tripudia, porque a Constituição prevê que anualmente deve ocorrer reposição do poder aquisitivo da remuneração. Hoje, estou sem reajuste há seis anos. Continuo trabalhando da mesma forma ou até mais. Há enriquecimento sem causa de uma parte da relação jurídica, que é a União;, disse Marco Aurélio, ressalvando que não conhece os termos da ação analisada por Lewandowski.

A Ajufe pretende apresentar duas petições com o pedido de urgência na análise de outros dois mandados de injunção da entidade: um de 2009 e outro de 2011, que até hoje não foram apreciados pelo STF. ;Desde 2009, o teto da categoria não é atualizado. Três anos é um prazo mais do que razoável;, desabafou Gabriel Wedy, presidente da Ajufe.

Confira reportagem completa na edição desta quinta-feira (9/2) do Correio Braziliense

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