Economia

Em reunião com a UE, China mostra-se disposta a ampliar ajuda à Europa

Agência France-Presse
postado em 14/02/2012 13:38
Pequim - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse estar disposto a participar mais da busca por uma solução para a crise da dívida na Europa, na abertura desta terça-feira de uma reunião entre China e a União Europeia em Pequim. Jiabao expressou esta disposição ao abrir com o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, e o da Comissão, José Manuel Durao Barroso, a 14; reunião bilateral, dominada pelas incertezas despertadas pela crise da dívida da Europa, principal importador mundial de produtos chineses.

"Corresponde à China tomar suas próprias decisões sobre sua contribuição à estabilidade da Eurozona", afirmou Van Rompuy a Wen Jiabao, que não precisou como poderia ajudar a UE.

A China afirmou em várias ocasiões que gostaria de participar do fundo europeu de resgate (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) - o fundo permanente de ajuda aos países da Eurozona em apuros, que começará a funcionar em julho. Contudo, os dirigentes da segunda economia mundial, dotada das maiores reservas de divisas (3,2 trilhões de dólares), não mencionaram qual seria o montante envolvido.

"Nossa mensagem é que a Europa está fazendo o que deve e continuará fazendo para restaurar a confiança", disse Barroso.

Paralelamente ao apoio chinês, as negociações sobre o estatuto de economia de mercado que a China pede há tempos parecem estar bem encaminhadas. Durante o Fórum Econômico de Dalian, de setembro, Wen pediu que a UE reconhecesse esse estatuto da China antes de 2016, que é a data prevista no calendário da Organização Mundial de Comércio (OMC).

O estatuto de economia de mercado ofereceria à China um melhor acesso ao mercado europeu, protegendo seus produtos das cláusulas contra a competitividade desleal. A questão, que pela primeira vez aparece em um comunicado comum, deve ser resolvida de forma rápida, disse Van Rompuy, confirmando a existência de vontade política para buscar soluções.

"É preciso jogar com as mesmas armas, um melhor acesso ao mercado (chinês) para as empresas da UE, e uma maior proteção dos direitos à propriedade intelectual", anunciou Van Rompuy.

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