postado em 15/02/2012 19:50
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje (15) o lançamento de candidatura de países emergentes à liderança do Banco Mundial (Bird). O presidente da instituição, Robert Zoellick, anunciou hoje que deixará o cargo em 30 de junho, abrindo caminho para a sucessão no órgão.De acordo com Mantega, a eleição no Bird voltará a expôr o conflito de interesses entre os países desenvolvidos e as nações emergentes. ;Acredito que os Estados Unidos, como maior acionista, vão manifestar interesse em manter o controle no órgão e fazer maioria. O objetivo é que os emergentes tenham as mesmas condições de pleitear a liderança;.
O ministro ressaltou que a importância que os países emergentes ganharam nos últimos anos justifica a escolha de um dirigente baseada em critérios técnicos, não de nacionalidade. ;Não há razão para que presidentes de órgãos multilaterais tenham nacionalidade específica, mas ser escolhido por ser um quadro competente para realizar atribuições do cargo;.
;No passado, quando países emergentes tinham pouca presença econômica e política, os países do G7 [grupo dos sete países mais ricos] dividiam os órgãos multilaterais entre europeus, que ficam com o FMI [Fundo Monetário Internacional], e americanos, a quem cabe o Banco Mundial. Alteramos as regras do FMI, mas ainda não conseguimos eleger um presidente emergente;.