Agência France-Presse
postado em 16/02/2012 17:34
México - A economia mexicana, a segunda da América Latina, cresceu 3,9% em 2011, mostrando desaceleração com relação aos 5,5% obtidos em 2010, informou nesta quinta-feira (16/02) o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI).O resultado saiu dentro das expectativas das autoridades, que esperavam 4% de expansão, devido à crise internacional e outros fatores.
Para 2012, a meta é de 3,5% de crescimento.
O México, no entanto, terá um desempenho melhor que o do Brasil, a maior economia latino-americana, principalmente graças a um "manejo responsável das políticas macroeconômicas" que têm permitido que a inflação se mantenha "em mínimos históricos e estáveis", e um câmbio médio que "se apreciou pelo segundo ano consecutivo", disse a análise do banco espanhol BBVA.
O relatório do INEGI ressalta que, diferentemente de 2010, quando todos os setores tiveram comportamentos positivos, em 2011 o grupo agropecuário (agricultura, pecuária e pesca) teve uma queda de 0,6%.
Cultivos básicos e de alto consumo no país, como milho e feijão, baixaram sua produção essencialmente pela seca do ano passado, que foi classificada pelo presidente Felipe Calderón como a pior nas últimas sete décadas.
Ante a emergência, o governo direcionou recursos a produtores e a populações indígenas do norte do país.
Também houve uma desaceleração dos outros grupos, o secundário (mineração e indústria) e o terciário (comércio e serviços), apesar de que as cifras negativas foram menores que as mostradas em 2010.
Para o analista Marcelo Salomon, da firma Barclays Capital, a queda dos serviços é significativa pois o setor "representa 65% do PIB mexicano".