Economia

Sexta economia do mundo, Brasil está longe do desenvolvimento sustentável

Rosana Hessel
postado em 20/02/2012 09:37
Toda sexta-feira, a pedagoga Darlene Bento Luiz, 45 anos, de Brasília, vai a pé com a filha, Cecília, 8 anos, para a escola. Nos outros dias da semana, as duas percorrem o mesmo trecho de cinco quilômetros de automóvel. ;Pedi à minha mãe para irmos caminhando porque o carro polui o ar;, explica a aluna da terceira série do ensino fundamental. Na escola, ela aprendeu a fazer porta-lápis, flores e casinhas com material reciclado. A mãe relata que os lixos seco e molhado são separados há muito tempo em sua casa, apesar de os caminhões da limpeza pública misturarem tudo. Nas idas à padaria e ao supermercado, as sacolas descartáveis de plástico deram lugar às retornáveis.

A família de Darlene ilustra uma realidade na qual os filhos incentivam os pais a adotar um relacionamento mais harmonioso com o meio ambiente. Os exemplos são muitos, mas o desafio a ser superado ainda é imenso. ;O Brasil precisa investir em pesquisa e educação para acompanhar a mudança aceita com naturalidade pela nova geração, mais esclarecida;, diz a pedagoga.

O Brasil ultrapassou o Reino Unido e conquistou o posto de sexta maior economia do mundo, mas ainda está longe de encontrar soluções acertadas para o desenvolvimento sustentável, que permitirá o seu crescimento com um impacto mínimo no patrimônio ambiental. Com o aumento do poder aquisitivo da população, essa tarefa tem ficado cada vez mais complexa. A ascensão de 40 milhões de brasileiros à classe média nos últimos 10 anos pressionou não apenas o consumo de energia, mas também aumentou a quantidade de resíduos. ;Em 2010, o país produziu 61 milhões de toneladas de lixo e coletou 54 milhões. Os 11% restantes estão nas ruas, entupindo bueiros, provocando enchentes e transmitindo doenças;, comenta Adriana Ferreira, coordenadora do departamento técnico da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abracelpe).

A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta segunda-feira (20/2).

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