Economia

UE e o FMI duvidam da capacidade de recuperação da Grécia mesmo com ajuda

Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 22/02/2012 08:05
A Grécia recebeu um novo cheque da União Europeia, mas desta vez não foi uma ordem de pagamento em branco, que o país possa gastar como quiser. Depois de uma reunião de mais de 13 horas que começou na segunda-feira de carnaval, entrou pela madrugada e ainda precisou ser retomada ontem, os ministros das Finanças da Zona do Euro aprovaram a liberação de um novo pacote, de130 bilhões de euros. A boa notícia é que os recursos evitarão que o país, que tem pagamentos a fazer no próximo mês de 14,5 bilhões de euros, declare uma moratória desordenada. No entanto, relatório da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostra que a lua de mel da Grécia com os credores pode durar pouco.

;Há uma tensão fundamental entre os objetivos do programa de redução da dívida e de melhora da competitividade, já que a desvalorização interna necessária para restaurar a competitividade da Grécia irá, inevitavelmente, levar a uma maior relação da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo;, diz o texto. ;Diante dos riscos, o programa grego pode assim continuar propenso a acidentes, com dúvidas pairando sobre a sua sustentabilidade;, aponta o documento.

O acordo obtido reduzirá a dívida grega para 120,5% do PIB em 2020. O débito equivale, atualmente, a 160% da economia nacional ou 350 bilhões de euros ; e a meta inicial era reduzi-la a 120% do PIB no mesmo período. O primeiro, concedido em 2010, foi de 110 bilhões de euros, mas se mostrou insuficiente ante aos enormes problemas do país.

A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quarta-feira (22/2).

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